Formação
Estudos avançados CEAM
Em 2008 realizamos no Museu Histórico Nacional (MHN), no Rio de Janeiro, o I Curso de Estudos Avançados em Museologia (I CEAM), em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN); em 2011 fomos para Salvador e em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA) realizamos o II CEAM; em 2015 levamos o III CEAM para Porto Alegre e em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) realizamos mais um curso de excelência.
Ao longo desse tempo e na sequência dos CEAM’s anteriores já foram concluídas e defendidas 12 teses de Doutoramento, estando atualmente a ser desenvolvidos ou em fase de conclusão mais 17 projetos de investigação. Os primeiros doutores brasileiros em Museologia foram formados na sequência dos Cursos de Estudos Avançados em Museologia (CEAM).
Uma das razões que podem explicar estes resultados encontra-se no fato dos CEAM’s terem reunido até agora, 42 professores doutores das mais prestigiadas universidades luso-brasileiras (UC-CES, UERJ, UFBA, UFF, UFG, UFPE, UFRGS, UFRJ, ULHT, UNICAMP, UNIR, UNIRIO, USP), atentos às novas realidades da Museologia e em particular da Museologia Social. De todas e todos docentes, palestrantes e conferencistas recebemos o mais elevado compromisso pessoal, científico e pedagógico. Igualmente relevante tem sido o apoio de numerosas instituições e de muitos museus, museólogos e museólogas que nestes 10 anos se associaram a este programa de formação, partilhando sensibilidades, saberes e fazeres que, em cada caso e a seu jeito, têm dado aos CEAM’s uma consciência crítica e assertiva da realidade museal tanto no Brasil como em Portugal.
Em 2018 vamos comemorar os 10 anos do I CEAM e realizar o IV CEAM na cidade do Rio de Janeiro. Trata-se de uma realização conjunta do Museu da República/Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), do Museu da Maré/Centro de Estudos e Ações Solidárias (CEASM) e da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT), com o apoio da Cátedra Unesco “Educação, cidadania e diversidade cultural” da Museologia/ULHT, da Rede de Museologia Social do Rio de Janeiro (REMUS-RJ), da Associação Brasileira de Museologia (ABM), do Movimento Internacional para uma Nova Museologia (MINOM), do Museu Vivo de São Bento (MVSB), do Museu de Favela (MUF), do Museu das Remoções (MR) e do Museu Histórico Nacional (MHN).
Na atualidade, vemos, após a Recomendação da UNESCO de 2015, que coloca em relevo a função social dos Museus e conclama os governos a considerar esse desígnio em suas políticas públicas para a educação, a ciência e a cultura, que os caminhos que trilhamos têm sentido e razão de ser e contribuem para a construção de uma corrente de pensamento que procura compreender, tanto quanto inspirar, novas práticas museológicas.
Os CEAM’s são a expressão de um projeto coletivo que tem verdadeiramente unido pessoas e instituições – dos dois lados do Atlântico – que acreditam que a Museologia deve servir para construir sociedades mais abertas, mais críticas, mais solidárias e mais respeitadoras da dignidade humana.